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Os últimos meses foram de mudanças pessoais e profissionais. Pessoalmente, mudei de casa, melhorei a saúde, emagreci, mudei o cabelo. Profissionalmente, fui desligada da empresa em que trabalhava há 12 anos.

Minha vida pessoal vai bem – tirando os kgs extras acumulados nas férias, mas já estou trabalhando para corrigir este problema. Mas a carreira ainda está em fase de transição e eu continuo buscando uma oportunidade profissional.

É estranho buscar recolocação depois de tanto tempo. Me sinto ‘enferrujada’. Sinto, também, que deixei minha carreira nas mãos da empresa em que eu trabalhava nos últimos anos. Foram as necessidades da empresa que guiaram o que eu faria, em que área atuaria, o que estudaria etc. Claro que não fui fazer algo que eu não gostava, mas também não tracei um plano e trabalhei por ele. Deixei que traçassem este plano por mim e o segui. Na correria eu nem parava para analisar se teria escolhido aquele caminho por mim mesma ou não.

Não me julguem mal, sou muito grata à empresa por todo o meu desenvolvimento. Cresci muito profissionalmente: comecei como atendente no call center e saí como gerente de treinamento, tendo passado por diversas áreas lá dentro. E fiz muitos e bons contatos que levo comigo – pessoas que eu nem esperava que se disponibilizassem a me apoiar neste momento, mas que generosamente se ofereceram para um café, um coaching, uma conversa e auxílio na busca por oportunidades. E chegou a hora de tomar as rédeas da minha carreira.

O que exatamente eu quero fazer agora? Estou buscando me recolocar em uma empresa. Ainda sou nova e acho que o mercado ainda tem espaço para mim nos próximos anos. Mas pela primeira vez parei para pensar no que eu posso fazer por conta própria, no meu tempo. Até nas horas vagas. Este blog é até um exercício para isso.

Mas falando em recolocação, tenho algumas coisas em mente:
Quero encontrar uma empresa que tenha valores como os meus. Não quero me recolocar a qualquer custo, não quero trabalhar numa empresa que não seja ética ou tenha práticas que eu condeno.

Gostaria de mudar de segmento. Tenho vontade de diversificar minha experiência e sair da minha zona de conforto. Além disso, foram 12 anos dedicados à venda direta de produtos de nutrição. São duas vertentes polêmicas. A venda direta, e especialmente o marketing multinível, ainda causa muito desconforto. Tem muita gente que não entende a diferença entre marketing multinível e pirâmide financeira. E nutrição é sempre polêmico também, principalmente numa época em que todo mundo dá palpite sobre vida saudável, dieta, o que é ou não é comida.

Quero trabalhar com beleza, cosméticos, moda e afins. São áreas do meu interesse pessoal. Consumo e estudo estas áreas por prazer. Quer coisa melhor do que trabalhar com algo que já é sua paixão? Imagina trabalhar numa empresa de cosméticos, sustentável, responsável, que não testa em animais? Este é meu emprego dos sonhos!

Ao passar por um processo de outplacement, uma das ‘lições de casa’ é eleger aquelas empresas alvo, onde eu absolutamente adoraria trabalhar. Mas não basta só isso – uma vez eleitas as empresas, o próximo passo é conseguir me apresentar para quem poderia potencialmente me contratar. Não é só cadastrar o currículo no site. E este é um trabalho que eu, honestamente, nunca fiz. Mas, felizmente, tenho uma rede de contatos riquíssima e cheia de pessoas do bem que naturalmente se propuseram a me apoiar nesta busca.

O que vai acontecer agora? Bom, se tudo der certo, estarei recolocada nos próximos meses (um processo de transição no meu nível profissional leva, em média, entre 6 e 12 meses). Estarei trabalhando numa empresa que admiro e fazendo algo que amo. Dada a minha experiência profissional, é até bem provável que eu continue na venda direta, e tudo bem. Eu amo esse segmento e sou encantada pela oportunidade que traz para tantas pessoas. Até convenci minha mãe a se tornar vendedora direta de algumas empresas. Mas se estiver no varejo, encarando desafios diferentes, ficarei muito realizada também.

Mas pode ser que isso não aconteça no prazo esperado. E eu preciso estar preparada para encarar esta realidade também. Para isso, vou estudar, aprender novas habilidades, melhorar as competências que eu já tenho e me munir de ferramentas para poder oferecer ao mercado meu serviço como uma consultora, especialista em marketing digital e conteúdo, por exemplo. Afinal, o importante é ter trabalho e renda e não necessariamente emprego.

E você, já se reinventou profissionalmente? Me conta como foi!